O tempo de agora

Acertei as horas e pus o relógio

dentro do bolso da camisa,

do lado esquerdo, junto ao peito,

dentro do coração.

Acertei as horas, e desci

de vez para cá.

Não desejo lugar algum que

não seja esse, que

não tenha esse tic-tac meloso,

que não desperte em mim

tanta alegria assim.

Acertei as horas do meu relógio

e ganhei um amor que não morre

ao cantar do Cuco, nem bate a porta

com a chegada do sol.

Acertei as horas, e a cada dia

renasço mais forte,
renasço em mim: mais amor.

Simples assim

["Não rezo por grandes amores, serenatas e jantares à luz de vela.

Rezo para que eu me deixe amar sem alguma pressa. "]

Espero

Seja do jeito incerto
de um jeito ligeiro,
de traços meigos
e sorrisos largos:
espero por ti.

Seja com um ar inseguro,
de rimas fáceis e
de dias nublados:
ainda espero por ti.

Mesmo que o pôr-do-sol
teime em acontecer sem ti,
estarei lá, no nosso banco preferido
de abraços longos e olhos que se entregam
sem peso algum...

Estarei aqui.
Na espera aflita por ti.

Para que venhas tão belo
como quando fostes.
Para que venhas sereno, de
como quando dormes.

Para que venhas inteiro
de quando como dividíamos
as contas de água e, os inúmeros beijos.

Pra que venhas e corras para os meus braços
que abertos esperam, estáticos,
por ti.