Quem sou eu

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- O que escrevo? Não sei. Só sei que minha alma grita e eu já não posso mais abafar nem conter essa ânsia.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Uma conversa

O que dizer quando o coração absurdamente aos pulos dentro de si está?
- Te amo!- resmungou-lhe baixinho.

E um mundo novo de sensações intermináveis e inigualáveis floriu dentro dela. Que sentimento então (pergunto eu), era esse tão pulsante, tão vibrante que fez brotar arrepios na pele dourada?

- Isso é paz. - Deus cochichou para mim, num beijar da brisa fresca sob um céu querendo se estrelar, ao lado de um amor inconfundível - homérico - querendo se achegar. Ai, o amor. Quem dera fosse meu - e inconformado escondi-me novamente atrás da mais velha árvore daquele parque mal iluminado.

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Depois de tantos anos novamente me vejo deitada sobre o mesmo sofá velho e encardido e sobre a barriga, que sobe e desce acompanhando lentamente a respiração descansada, um livro fechado de páginas amarelas. Amarelas iguais aos últimos sorrisos dados por mim. E sabe-se lá o porquê disso, mas a sensação de solidão volta a embargar a voz e a preencher o coração de um vazio latejante, pulsante e acomodado. Acomodação esta que era costumeira, amiga e despretensiosa, mas que hoje está ardendo tanto aqui dentro como a chama da vela que horas parece se definhar ao soprar do vento, mas que de repente se acende brutal e intensamente, voltando a queimar e arder tudo outra vez. Sem piedade, sem apego, fatalmente, porém.