Quem sou eu

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- O que escrevo? Não sei. Só sei que minha alma grita e eu já não posso mais abafar nem conter essa ânsia.

sábado, abril 09, 2016

vermelho-chão

as mãos grifam em vermelho
o correspondido presente:
sempre fora tudo
no que a mim coube ser
a urgência em declamar
o verde das palmeiras
sucumbe à necessidade
de subjugar o óbito das vontades
plenas todas já desguarnecidas
no rompante tempo
danem-se as horas perdidas
entre os carros que nunca mais
voltaram pela rua de trás
dancem os pés agora nus
agora soltos sobre o piso aderente
agora hoje no vermelho-chão
da tua palavra    mulher