comovida a mente cheia
como anda a saudade
tanta
em volta das
certezas
diluídas no pranto
do mar
sem mais tempo para
voltar
77 tudo fosse
quem um dia eu ei
de encarar e me
perder outra vez?
e se o sonho fosse pouco
e a vontade absoluta extinguisse
no mais bonito vaso de flores
que não plantei na tua janela?
qual o preço da noite descabida
em que o cigarro aceso morre
na boca da tua fome sem nome?
essa voz sem apelo
esse punhado de vida sem zelo
tudo dorme acostumado já sem mais segredo
ao som de Dércio Marques