Quem sou eu

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- O que escrevo? Não sei. Só sei que minha alma grita e eu já não posso mais abafar nem conter essa ânsia.

sexta-feira, agosto 29, 2014

poemeto da passagem

anotações vãs

milenar é a paz que
recai muda sobre o colo
da contemplação dessa manhã

quarta-feira, agosto 27, 2014

isto é o nada por excelência

sentimento claustrofóbico
o coração dilacerado
cingindo a dor que não

não é solidária
não absolve ninguém
não ameniza chaga alguma
não há dimensão ou parâmetro

para isso
é isto um homem?
o corte no tempo
o espaço aniquilado
a palavra sem voz
o som sem propagação

a dor solidária
não previne o trauma

a dor solidária
é só mais um elemento solitário
no espaço de tempo
da vida já exaurida

isto é o nada

cabisbaixo por sê-lo

segunda-feira, agosto 25, 2014

quinta-feira, agosto 21, 2014

a vida inicia quando poesia

eu canto porque
me desata o nó
preso na garganta

como o laço de fita
que embrulha
esse presente chamado V I D A

...

eu, canto
a vida, alivia

terça-feira, agosto 19, 2014

2vezes/dia

nada fere
meus olhos úmidos
a menos que
eu tire os óculos
e não use lacrimol
no mais,
eu fito
com um carinho não cego
que tudo vê
e que tudo pode amar
se deixar ser

quinta-feira, agosto 14, 2014

rodas de netunos e prosas que não fui convidada

tão pequena que não cabe
num banquete moderno
de palavras astronômicas
líricas das pungentes
marés acadêmicas
rima o oco com
o ogro da alma
moribunda, coitada
num lugar onde
o que fica
é o nome

não a poesia

quarta-feira, agosto 13, 2014

segunda-feira, agosto 11, 2014

a l i n h a

quando
o
sono
se
alinha
o
coração
se
alinha
chakra
se
alinha
planeta
se
alinha
universo
se
alinha
eu
me
alinho
você
minha
linha

quinta-feira, agosto 07, 2014

porque hoje não venta

ondas que batem nas costas
te empurram para ver o mar

[ ]

mas a solidão do mar
também é minha

a ilusão da mulher do marinheiro
também sou eu

[ ]

me socorre
porque hoje não venta
hoje o barco não chega

terça-feira, agosto 05, 2014

na minha cabeça tocou uma milonga em sete cordas

sinto a febre
tenho o desvario
das exclamações em fila
cada uma em seu lugar
à espera 
de ser a próxima
a exaltar
o que em mim vibra

numa canção
dedilhada pelos dedos hábeis
ramilescos
que nem o próprio
sabe que existe
mas existe
porque tocou depois disso

estás ouvindo?