Quem sou eu

Minha foto
- O que escrevo? Não sei. Só sei que minha alma grita e eu já não posso mais abafar nem conter essa ânsia.

sexta-feira, novembro 14, 2008

Escuta e entenda

Também se pode crer que tudo não passa de um mal entendido na comunicação entre Céu e Terra. Pode ter sido uma linha cruzada, não? Acontece tanto comigo quando estou no telefone... Volte e meia sei mais da história de alguém que desconheço do que da minha própria.

Por que errar é humano, oras! E é cientificamente comprovado; ouvi isso um dia desses. Então sugiro que laves bem as orelhas no banho, e que as seque logo em seguida. E assim feito, escute a voz sublime vinda com o amanhecer de um novo dia, mas preste bem atenção para dessa vez não perder o fio da meada.

E escute. Faça caras e bocas, mas escute. Verás que errastes - e feio. Mas há tempo de consertar. Há tempo sim, acredite fortemente nisso.  E "abra" não só os ouvidos como também o coração. Assim que o recado for transmitido encha o peito de fé e otimismo e vá à luta. E se uma face já tiver sido dada, dê a outra. E compreenda.

E compreenda que acima de tudo, há Alguém com muita fé e compaixão esperando pacientemente para que entendas o recado.

Acredite! Tenha fé!

sábado, novembro 01, 2008

Mais que um trecho de um livro

O telefone tocou. Duas.Três vezes.

E com os olhos apavorados, unhas roídas, Vilma atende aquela ligação no meio da noite com um quase mudo "alô". Do outro lado da linha, uma voz entusiasmada de tão aguda berra: - "Ele assinou!Ele assinou! Agora estás livre para seres livre!"
Vilma, depois de alguns demorados segundos incrédula diante da tão desesperadora notícia desejada, sorri em meio a um choro compulsivo de lágrimas livres, esperançosas e aliviadas, que há tanto tempo tiveram sido engolidas friamente.

Com os olhos marejados de um sono incontrolável e uma emocionada felicidade solidária, Martha, pendeu a cabeça para o lado, deixando-a cair sob seus ombros finos e delicados, soltando suavemente de suas mãos o livro que lia com tanta sede.
E assim, tomada pela felicidade alheia, pôde então, dormir tranqüilamente aliviada. Desejando que o tempo parasse naquela tão desejada por si, Felicidade.

O quadro da alma

Pinturas íntimas de um artista que entre uma pincelada e outra contorna os dissabores da vida. Colori as tristes tardes gris e por fim, emoldura sua mais bela e fiel obra de si mesmo na parede da sala, perto da porta principal para que toda vez, antes de sair, ele confirme diante de seus olhos o quão é capaz de transformar os rabiscos mais indefinidos e amadores em lindos jardins de uma primavera acolhedora e otimista, em que majestosamente tudo se renova, floresce e transforma. Um dia de cada vez. Assim, como o (re)nascimento de sua alma.

sexta-feira, outubro 24, 2008

Viver: uma conquista

As felicidades da vida
Guiam-me em direção a tudo
Aquilo que um dia
Eu sonhei para mim:
viver em paz comigo mesma.

Sem tormentas,
Nem tempestades a me assolar,
Apenas lágrimas de felicidades
Que caem incessantemente
Como querendo me mostrar
Que sou capaz de amar.

Que sou capaz de receber
O amor que a Vida me manda.
Que sou capaz de ser eu mesma,
E mesmo assim não mais me espantar.

segunda-feira, outubro 20, 2008

Acolha-se

As críticas de alguns interferem na tranqüilidade existencial de outros. Por assim pensar, tento não me abalar com o que falam e pensam. O que é melhor para mim, bem sei. E tenho a exata certeza de que conselhos e afins são sempre bem recebidos: mas somente quando pedidos. Cuidar de si requer paciência e determinação, mas o resultado é sempre positivo.

Deixar que o outro cuide das suas vontades é acomodar-se, é submeter-se à vontade alheia que por muitas e muitas vezes não condizem com o nosso destino, com a nossa essência. E são sempre negativas. Pesadas. Frustrantes.

Pela não acomodação de suas vontades: deixe-se guiar pelos sentimentos que arrepiam os pêlos, que aceleram o coração e trazem alegria para alma. Cuide-se! Sem deixar que um e outro interfiram na sua vontade e vice-versa.
Ame-se. Respeite-se. Acolha-se. Mutuamente!

sexta-feira, outubro 17, 2008

Não para o "não"

Em sentido de tantas palavras mais,
Os caminhos desenhados em relevo
Nessas páginas ainda em branco,
Mostram-se companheiras de um
Receio sem controle.

Do medo da perda de uma
Lucidez que muito se arrasta.
Do medo da luz que em dias
Se apaga.

Não mais risos escuta-se
Quando os olhos abrem.
Não mais flores se recebe
Quando a primavera
Iluminada de tantas esperanças
Aquece a Alma.


Não mais pássaros cantarolando
No peitoril da janela.

Não mais "não" nos dias
Era tudo que se desejava.

segunda-feira, outubro 13, 2008

Vida em flor

Sempre que percebo, descubro
em mim os sabores
de uma vida feliz.

Reluto contra as más palavras
que borbulham em meus pensamentos.

Tento desfazer todo e qualquer
nó que me impede de seguir em frente,
seguir em paz.

Procuro sempre
- por mais difícil que possa parecer -
estar constantemente em paz,
agindo com tranquilidade
e força nas situações que de antes eu fugia.

Planto em meu jardim
sementes de esperança,
de amor e de paz.

E a cada dia, mesmo com toda
a sua agitação, eu esqueço do tempo
e de todas as preocupações,
e as rego, um pouquinho de cada vez.

E quando tenho a felicidade de colher-las,
distribuo àqueles que cruzam os meus passos.
Àqueles que ficam e àqueles que vão.

Por tudo isso,
sou feliz sim.

E não há nada nessa vida
que possa tirar o brilho dos meus olhos,
e o sorriso dos meus lábios.
Porque sei que parte mim
não está sozinha,
e a outra me acompanha.
Agora sei!

segunda-feira, outubro 06, 2008

Partida

Estou de viagem marcada.
Carrego nas malas
os sonhos esperançosos
de partir em direção à realização
plena dos desejos do meu coração.

Trago comigo
a felicidade absoluta,
traçada em cenas
que se perpetuam em minhas
doces lembranças saudosas.

Dentro do porta-malas
distribuo os amores sentidos,
as amizades de anos que fazem
com que eu seja um pouco mais feliz.

Que reproduzem em meus lábios
aquele sorriso no canto da boca,
tímido, mas profundamente sentido.

Sem me esquecer
dos amores partidos,
das tristezas e dificuldades vividas.

Coloco-as debaixo do banco,
não porque me farão falta,
mas sim para que eu,
nos momentos difíceis que
encontrarei pelo caminho,

busque nelas a força e o orgulho
necessários para seguir em frente.

Seguir em frente sempre,
mas sem me esquecer
do que um dia fui.

terça-feira, setembro 16, 2008

Liberdade

Não, não é rebeldia. É que agora a minha vida pede mudanças. Pede também para que eu me liberte de uma vez por todas daquelas algemas amargas e tempestuosas que prendiam meus pés não me deixando mais seguir nos meus próprios passos.

Agora que encontrei as chaves posso ir na direção que meu coração me guiar, e eu só desejo fervorosamente que ele não me guie novamente à essa prisão, não que um dia eu não tenha gostado, e talvez até amado, mas agora a liberdade me espera e de tão ansiosa está vindo ao meu encontro, segurando minhas mãos e me levando junto dela.

E dessa vez não é por rebeldia, nem por birra nem muito menos por desamor: é que simplesmente está na minha hora de dar novos passos, só que dessa vez sozinha.

sábado, setembro 13, 2008

Outra chance: para mim

A presença constante dos
teus pensamentos distantes,
perfura o meu coração.
Que já cansado se retira,
escapa sem pestanejar
e procura um abrigo
onde possa repousar
não mais solito.

sábado, setembro 06, 2008

Sujeito indeterminado

Estou mortificada com a falta de capacidade que o Sujeito se porta ao resolver seus problemas. Isso corrói com a tranqüilidade que ainda carrego em meu peito. Não sei o porquê, mas todos continuam berrando aos quatro ventos suas insatisfações. E mais do que isso: se destroem aos poucos com suas frustrações.


O Sujeito anda perturbado. Precisa se expressar em muito mais que uma linha, precisa fazer alguma concordância, alguma coisa ele precisa dizer para que as outras frases não se tornem tão mais incoerentes. E não entendo porque tanta subjetividade em suas queixas. Não sei o porquê do nó de sua garganta está tão apertado, sufocando-lhe aos poucos.


Enquanto isso, nós precisamos de algum ponto, de alguma vírgula de alguma intenção bem colocada que possa dizer realmente o que significa tamanha insatisfação. E no fundo, desmembrando esse texto com cuidado, bem sei onde estão seus erros, suas manifestações agressivas de uma escrita mal interpretada. Bem sei, mas não cabe a mim corrigi-lo, porque também sou fruto dessas linhas, cresci nessas palavras tresloucadas, e é exatamente por isso, que, bem sei que no fundo também estou tentando não ser mais assim, explosiva.

No entanto, levo em consideração que o Sujeito está ficando cheio das rabugices do tempo. E dessa e outra vez, isso também passa.

terça-feira, agosto 19, 2008

Lembranças

Não importa quantos anos se passaram,
nem mesmo importa a que
distância estamos agora.

Tudo começou sem algum propósito,
e até rendeu algumas horas
e poucas semanas, mas tudo
sem muito nexo.

Parecia até aquela velha
história de criança.
Aquela paixonite faceira da juventude.
Mas tudo sem muito que acontecer.

E mesmo assim, tudo isso foi forte, foi grande.
De uma imensidão além do que posso imaginar,
de um colorido que jamais vi igual.
E mesmo assim só passamos por ele.

Esse sentimento que nem sei
o nome que leva, - porque
hora dizes que é tal,
mas horas sinto que é mais que tal.

Não posso entender com clareza,
mas posso sentir aqui dentro,
mesmo que estejamos
em estradas que nos levam
a caminhos opostos,

posso dizer que de longe
ainda te vejo.
Só para conferir,
para ver se tu estás bem
e feliz onde estás.

Só para sentir aquele aperto
saudoso em meu peito
de quando sorrias para mim.
E continuas a sorrir, a rir.
Mas não mais para mim.

E por estar tão fortemente
registrado aqui dentro,
o teu sorriso ainda me arrepia.
Não importa o porquê disso tudo.

Não quero explicações,
nem fatos concretos.
Quero de volta o que não posso tocar,
mas ainda posso abraçar com o coração:

minhas lembranças.

sábado, agosto 16, 2008

Penso em ti

Já não sinto mais aquela tristeza quando penso em ti.  Ainda choro ao lembrar que tudo passou tão rápido por mim, que sequer pude te abraçar ao me despedir.

E chorarei.

Sei que as separações são necessárias, sei também que outros virão. E nesses clichês da vida, te digo que não me esquecerei dos segundos de sorrisos, e do eterno sentimento de amor que ainda faz bater o meu coração.

Quando posso, fujo para aquele lugar que era só nosso, e mesmo que tu não acredites, ainda sinto o teu perfume quando ali estou.

E choro.

Não porque me dói e sim porque eu vivi esses dias, senti essa felicidade durante anos, e algumas décadas poderão passar, e mesmo sem querer ainda verei o teu sorriso beijando o meu. Porque as pessoas sempre passam, mas os sentimentos sinceros, àqueles que batem junto ao peito; esses sim, permanecerão.

terça-feira, agosto 05, 2008

Pense

Quanto mais se pensa em desistir mais a Vida te mostra o quanto tens de lutar e o quanto ter fé e paciência é importante para todos nós. Por isso, não devemos baixar a cabeça nem sentirmo-nos desanimados com os acontecimentos dos dias.

Precisamos lutar com a certeza de que demos o máximo de nós, e com a esperança de que tudo acontece na hora certa e no momento em que nos é permitido. Não adianta querer ultrapassar alguém, por exemplo, sem antes levantar e começar a caminhar. Tudo tem seu tempo e hora para acontecer. Paciência e fé são indispensáveis nessa longa e dura caminhada. Portanto: não desista. Persistir também faz parte dessa longa e difícil caminhada que é a vida.

sexta-feira, julho 11, 2008

Pressentimento

Acordei no meio da noite. Apavorada coração acelerado, suor escorrendo pela face pálida e rígida. Levantei-me e fui tateando até quando pude encontrar a porta que abri com estupidez -  tamanha afobação que me encontrava. Lavei o rosto, passei a mão molhada na nuca, e andei mais alguns passos até a cozinha, onde com muita sede quase engoli o copo com água.

Lembrei do que acontecera antes de acordar. Tive um sonho estranho, angustiante, sufocante... Em algum beco mal iluminado senti uma forte dor no peito enquanto alguém se ia. Ia-se, sem ao menos explicar o porquê, soltando lentamente uma das minhas mãos, sem nem mesmo virar-se para que eu pudesse ver seu rosto pela última vez.

O medo, a solidão e o vazio como em uma tempestade vieram arrasando com tudo o que encontraram pela frente. E eu fui uma de suas frágeis e impotentes vítimas. Devastando-me sem piedade alguma. E foi neste momento, em que o desespero debulhava-se em lágrimas, acordei gelada e com dificuldade para respirar.

Depois do susto,voltei a dormir. Achei que fosse só mais um sonho. "Apenas um sonho!", pensei, desta vez em voz alta, para tentar sentir firmeza, mesmo que meu coração não pudesse sentir o mesmo. "Alguma imagem inconscientemente registrada de uma matinê que presenciei antes de adormecer", talvez fosse a explicação para ter um pesadelo daquele jeito.  Talvez fosse esse o melhor jeito de me enganar.

O dia amanheceu e com ele pedaços vagos e incoerentes do sono passado borbulhavam em minhas lembranças. Não tendo nexo algum o esqueci durante o dia. Pesada e sofridamente, retornei a lembrá-lo quando voltei para casa e vi que suas roupas já não estavam mais no armário. Foi só então pude entender. Entender que nem tudo é por acaso, e que talvez, até no meu subconsciente eu já estava esperando por esse dia. Querendo ou não.

Querendo não.

[
E aquele nome,que não era o meu, tatuado no teu peito era um anúncio de fim que de um jeito ou de outro eu precisava dele. Só para ter certeza já que não me dizes mais.]

quarta-feira, junho 25, 2008

Tolerar é preciso

 As pessoas perdem tempo falando da vida alheia. Fazem intrigas, inspiram maldade e sarcasmo, e o que é pior: espiram ao dobro tudo o que recebeu. São mesquinhas, hipócritas, e ficam ‘sozinhas’ com seus pensamentos perversos. E no final de tudo isso, o único que estende a mão para ele, um dia, foi o que mais sofreu com suas provocações.

E mesmo assim, elas merecem uma segunda, ou terceira chance...



Todo mundo um dia já foi assim. Uns progridem, reconhecem que desse jeito a vida se torna um inferno do qual ele terá de suportar por muito e muito tempo; e por isso mudam. Outros, se perdem por ai, ficam a mercê da bondade e paciência daquele que tem fé e acredita, ainda, nas pessoas. Mas enquanto isso, o que foi vítima de tantas maldades, se liberta, dá um passo para frente, e o causador de tudo isso sofre, sofre e sofre até que um dia ele esteja pronto para reconhecer que passou todos os limites.
E se perdoa. E cresça. E evolua. E nasce uma outra vez.

"Vivendo e aprendendo, porém, antes, é preciso errar e mudar. Por isso, ainda levo fé nas pessoas, ainda levo fé na vida. Por que tolerar é preciso, mas, aprender é mais preciso ainda."

terça-feira, junho 10, 2008

Vá, mas vá logo

Foi quando ele me olhou nos olhos
e dos seus correram lágrimas,

e pude, então, sentir que era verdade
quando disse que finalmente
encontrou o seu amor.

Acredito!

Por que dele sei
que jamais dissera palavras

tão profundas falando de outro alguém.

Em seu coração, havia somente dor e ressentimentos.
E agora,

com os seus olhos empoçados

de tantas alegrias,

posso ter certeza que ele Ama.

Ama com todos os sentidos que a palavra têm.
E fico feliz,
mesmo que ela não seja eu.

Mas ao sair, bata a porta.
Por favor!

Por um definitivo e último adeus.

terça-feira, junho 03, 2008

Dor

Por que causar?

Aceitável seja ela, que
conduz a brisa leve que sopra
no ventre entre compulsivas
lágrimas cristalinas que caem

por entre curvas majestosas
de um corpo juvenil, que
esplandece numa vitalidade sem igual.

Seja sempre bem-vinda dor!
Espalhe-se por meus dedos
suaves e finos de pianista,

escorra pela tinta que mancha o papel,

que de tão letrada compõe
os meus dias suscetíveis à
de outros “alguém”,

Que me traga pelo menos,
por dia, uma folha em branco,

e comigo, cause dor.

terça-feira, maio 27, 2008

Pelo tempo que durou

Pelo tempo que durar, tudo fará de nós
Um pouco amantes, um pouco amigos,
E um pouco falidos.

Quando ainda durar, teremos, quem sabe,
O amor que planejamos.
Teremos, se der, a casa que sonhamos,
Flores e árvores receberão as nossas famílias.

As flores vermelhas do jardim, colhes pela manhã,
Me trazes com o café, me trazes com o seu “bom-dia”,
Me trazes na cama, na lama e em cima dos lençóis de grama.

As notícias do jornal comentarás comigo.
Falarás do futebol, do telejornal, e do carro do vizinho.
Terás os seus sonhos nos meus sonhos.
Pelo tempo que durar...
Nossas falas se formarão num café de verão,
Sentados na varanda,
Com o cachorro do lado, rolando pela grama.

Pelo tempo que durará, no fim, ainda lembrarei de você.
Das flores vermelhas colhidas na primavera,
Do cheiro do café, do amor pela manhã.
Da toalha pelo chão, do sorriso com o pão,
Do meu amor, do teu amor, do nosso amor.
Pelo tempo que durou.

sábado, maio 24, 2008

Pulando etapas

Ainda tento saber como estamos, se é que ainda estamos.Você foi embora dando um adeus meio distante. Um adeus nas entrelinhas, em pensamento. Mas eu entendi, você mandou o seu recado. Mesmo assim, tentei jogá-lo fora, vá que eu estivesse lendo pelo lado avesso? Vá que minhas interpretações fossem não tão boas assim? Nem deu tempo de acreditar nessas hipóteses, você foi logo reafirmando tudo aquilo que eu não queria acreditar: aos poucos, foi colocando as roupas nas malas, foi chegando cada vez mais tarde em casa...
 
E eu queria acreditar que fossem os negócios na empresa que te tomavam tanto tempo assim. Eu queria acreditar, mas sabia que era eu quem te fazia ir embora aos poucos... Nem brigar, nós brigamos! Apenas fomos assim, separando as escovas de dente, com o tempo. Fomos deixando de nos tocar... De nos falar... De até mesmo nos olhar. Fomos nos deixando de lado, até que enfim, cada um ficou em seu quarto, em sua casa, vivendo cada um sua vida. Cada um recolhendo seu próprio lixo. E só depois, com o tempo  e as pistas que nós mesmos dávamos um ao outro; percebi que você não morava mais aqui antes disso tudo. Percebi que sequer vocês esteve por aqui. Aqui dentro.

"E em partes se reparte uma vida que já não faz parte de uma só parte".

terça-feira, maio 20, 2008

Meu relógio, meu tempo

Alguma coisa me fez vir até aqui. Uma palavra que escutei há pouco, ou até mesmo o que venho escutado há dias atrás. Um filme que ainda não assisti, mas que tenho atuado há um bom tempo... Também me trouxe até aqui. Fortes pensamentos-sentimentos me trouxeram até aqui. Conheço parcelas do motivo. Umas guardo em segredo para que nem eu mesma possa sufocá-las de tanta euforia, por que existem momentos e momentos para que possam vir acontecer. Não quero me afobar antes da hora. Outras vêm com o tempo. Não o tempo que marca o teu relógio, mas o tempo que marca o meu.

Temos tempos distintos para fazermos as mesmas coisas. Coisas essas, que quando uns fazem, outros, desesperadamente tentam fazer. E o que é pior: tentam fazer igual. Sem espontaneidade. Mas eu estou em outro fuso-horário. Não sei bem de onde, de quê lugar. Porém, aqui nada é incerto quando tudo que se parece o mais certo está dentro de si. Seja o que for, seja de qual intensidade e infinitésimo que seja, tanto faz. São puros e simplesmente seus. O que outro faz ou deixa de fazer, não necessariamente está certo. E o que faço agora, não necessariamente está errado.

Até mesmo o clima muda. As folhas das árvores levam um tempo, mas quando chega a hora, elas despencam. E caem não porque uma outra despencou, mas sim porque foi preciso. Porque logo mais vem a primavera, e nela, as folhas novas têm de ter chance de florescerem, têm de ter sua chance. E a nossa vida é assim, do mesmo jeito e tempo como as folhas nascem, crescem, reproduzem-se e envelhecem. É assim que o mundo gira, que as roupas de agora, deixam de ser tendências da moda de amanhã.
Hoje gostamos de algo que futuramente odiaremos (ou não.) Perdoaremos atitudes que agora, talvez sejam imperdoáveis. E assim a vida muda, e com ela as pessoas também. Mas todas essas mutações incontroláveis têm o seu tempo exato para ocorrer.

Não procure colocar a carroça na frente dos bois: a vida não pode ser vivida somente por impulsos manipulados nem percorrida por passos apressados. No fim, todos nós estaremos caminhando rumando um mesmo destino e chegaremos juntos na ponta da estrada da vida, e então, tu caro leitor,  vais entender que ai dentro, onde teu coração pulsa tranqüilamente, vais ver que valeu a pena ter tido o teu próprio relógio de pulso. E só quem deve dar a corda, trocar ou não as pilhas: és tu mesmo.

sábado, maio 17, 2008

Esperando por ti

"Contar de ti para alguém faz, com alegria e saudade, com que tu vivas um pouco mais em mim.
Mesmo que as nossas histórias arranquem suspiros e lágrimas tímidas, com gosto ainda te deixo respirar dentro de mim.
Até que voltes para me levar contigo."

terça-feira, maio 13, 2008

Em novos passos...

"Não deixe que a decepção contamine o seu coração.
Há ainda, uma ponta de esperança sorrindo em teus lábios,
Deixando para trás as doces ilusões perdidas em alguma gaveta,
Não de um armário qualquer.


Permita que essa seja mais uma história
Que outros hão de querer ouvi-la.
Permita que ainda nasça um olhar

De encantamento e que ele
Desabroche em novos sorrisos. Em novos suspiros".

sábado, maio 10, 2008

 
Como podemos nos acomodar com o modo em que vivemos? Vivemos longe uns dos outros, atarantado de problemas que nós mesmo criamos. Fugindo da verdade pelo menos uma vez ao dia. Mentimos descaradamente com alguém por alguma coisa pelo simples fato de não querer ceder, de ter medo do novo e das suas conseqüências. Perdemos a chance de dizer quem realmente somos só para estarmos de bem na no nosso meio, quando muito isso só reflete em nosso próprio ego.  
 
Desejamos ser o próximo somente pelo o que ele possui e não pelo o quê é internamente, até mesmo porque esquecemos das questões morais e preferimos ficar com as materiais, com aquelas que cai como uma luva sobre o corpo que não temos, com o qual não somos.
Não percebemos que o toque por assim sentido conforta, alegra qualquer ser em qualquer situação. E o mais importante: não é substituível. 
 
Sejamos inteiramente nós, com e sem defeitos. Melhorando o que há de errado e progredindo no que vai bem. Deixemos de lado a acomodação que nos deixa paralisados. Desejemos agir sempre para frente, sem derrubar ou tropeçar em quem está mais adiante e sim, caminhando lado a lado com este, porque somos iguais e um sempre soma com o outro. Pelo menos era o que deveria ser.



quarta-feira, maio 07, 2008

Não sei, só sinto

Sinto o seu perfume em cada esquina que cruzo.
Estranho, mas não é você quem o usa, e isso me desanima.
Com o tempo assim, entre ciclones e chuvas e você tão longe,
nem ao menos sei se antes de sair de casa pegaste o guarda-chuva,
ou colocaste o casaco, porque na previsão deu que fará frio mais tarde,
você não viu?
Nem ao menos sei com quem andas, e se estás te alimentando.
Trabalhas tanto, e um dia de descanso é sempre bom. Você tem se divertido?
Não sei de mais nada, e isso me preocupa.
Não durmo mais, só penso.
Penso.

domingo, abril 27, 2008

Cara limpa


Descobri que não quero mais entrar pelos fundos fingindo ser uma delinqüente que sai no escuro para não ser reconhecida. Esse disfarce da meia-noite não me serve mais. Preciso de um outro, um novo e verdadeiro. Que não me envergonhe, e que me decepcione menos.

Descobri um pouco tarde (eu sei)  que agora, mais do que nunca, quero a chave da porta da frente. Entrar e sair quando o dia clarear sem medo algum de me mostrar.

Mas para não ter possíveis ressentimentos eu guardo a chave da porta dos fundos. Vai que um dia você também precise dela?

terça-feira, abril 22, 2008

Desejo

"Espero acordar e me manter acesa durante o dia.
Espero que o vento que entre pela janela do quarto não assopre a chama que em mim.
Espero que os desejos, pedidos de mãos juntas e elevadas a Ti, não deixem que eu vire um simples sebo e o que sobrar dessa cálida chama reascenda-se com o respirar de um novo amanhecer."
"Pequenos passos são dados a cada dia. Poucos. Porém, precisos passos."

domingo, abril 13, 2008

Último postal

A vida estava tão boa com você por perto. As cores eram mais nítidas, e o sol sempre invadia meu quarto pelo amanhecer acordando-me com um aquecido carinho em meu rosto tranqüilo de sonhos bons. 

Em um dia desses em que o sol invade o seu corpo e aquece sua alma tomada de saudade, você resolve viajar.
Viajar para conhecer novos ares... Simplesmente sair sem rumo certo, parando na cidade que mais lhe agradar.

Não me perguntaste se eu queria ir junto, talvez mesmo, eu nem iria. Mas faltaste comigo, sim. E o meu céu nublou.
Com o tempo vamos nos acostumando com essas mudanças inesperadas. E os dias passaram se arrastando por entre as sombras das alamedas vazias de gente, de nós. E no final, você resolve simplesmente me dizer que agora vais mais longe, e sem ao menos se despedir de mim, pela segunda vez.

Ainda lembro do último postal que recebi. Havia uma praia muito bela, de cores intensas. E no verso estavam suas únicas palavras: “Estou me mudando no fim do mês, para uma cidade vizinha. Um beijo e cuide-se”.

Apesar de estar bem sucinto, faltou um detalhe, não percebes?
Faltou uma palavra de esperança, de que iríamos manter estes vagos, porém importantes, contatos. Mas nem isso você escreveu. Talvez a mudança já estava saindo e foi tudo o que conseguisse escrever. Por falta de tempo, quero crer. E não porque terminaria nesse último postal.

E é em dias assim em que os céus voltam a sorrir para mim; eu lembro de você e isso aperta o peito e reaviva a vontade de lhe ver. De tê-lo, mesmo que em postais com frases inacabadas.
Mesmo que seja assim... Em vagas, mas vivas palavras e lembranças.

domingo, abril 06, 2008

Seguindo sempre

E tudo na vida é assim:
há dias em que se sorri,
como também,
há dias em que se chora,
se irrita, se desanima.
Mas há dias em que
o Sol brilha tanto lá
fora, como aqui dentro.

Há dias em que tudo
precisa de calma.
Precisa-se respirar
profunda e lentamente
para que assim,
os dias de intensas
e positivas mudanças,
tragam a felicidade
de dias melhores.


E assim, os dias passam.
Não mais diante dos meus olhos.
Passam agora, sorrindo e festejando
Aqui dentro!

Menos peso, menos agonia.
Mais sorrisos, boa vontade,
e harmonia.
Dias de superação.
Dias de intenso calor: humano.

P.S.: Novos passos,outros olhares.Mais felizes!

domingo, março 30, 2008

Cansada

Na busca exagerada e desesperada por mudanças, focalizei todas as minhas frustrações decorrentes, nesse pequeno e humilde espaço. Deletei do cérebro e obviamente, dos olhos, a imagem do layout que eu tanto ansiava pôr finalmente conseguir colocá-lo aqui, graças a bondade e paciência da amiga blogueira que tanto aprecio... Enfim, o perdi das vistas e agora nenhum me serve. Nenhum mais me satisfaz. 

A busca por mudanças é tamanha que me sinto de mãos e pés atados no momento. Mal consigo digitar essas palavras, muito me custa vir faqui e fazer isso. Mal consigo ir até a rua, não sei mais o que é caminhar por entre as pessoas, desviar dos carros e das bicicletas desgovernadas. A frustração é tanta, que nem esperanças de alguma mudança sequer eu tenho. Nem mesmo sei mais o que é ter uma rotina cansativa e atarefada. E agora, me resta jogar o que nada tenho para o alto e implorar que qualquer coisinha, mínima que seja, venha até a mim, ou mesmo (sabendo que nada cai dos céus...) desatar as correntes dos pulsos e tornozelos e ir com força e vontade atrás delas... Mudanças.

É tão estranho e desanimador, que o máximo que consigo fazer,é ficar sentada esperando pela chuva tão refrescante e necessária desses dias de intenso calor... E ver que absolutamente nada chega até a mim, nem cobrança de IPTU, ou nem mesmo, uma gripe. E eu sigo... Cansada de tanto esperar. Mas sigo, afinal de contas!


P.S.: Sem muito o que contar por aqui. Sem vontade de procurar uma foto... Cansada apenas. Noites mal dormidas, acabam com qualquer um...

P.P.S.: Ah, e outra hora eu coloco de volta a lista dos links e passo para visitá-los.

sexta-feira, março 21, 2008

Interna

Apenas uma parte aparentemente visível se contenta com a insanidade sentida anteriormente. Apenas essa parte deixava-se usar. Contentando-se em apenas ser o zero absoluto subordinado pelas desilusões, injustas, sofridas por outros ardores em diferentes épocas.
E essa parte, euforicamente submissa a tanto mal-estar sucessivo, implora pela outra parte - ainda vagando por entre sombras frias – implora, que se junte a ela, e que sinta um calor verdadeiro ou então que congele pela frieza ímpar que tanto recebe de apenas um, mas não único ser.
Mas, a parte de intensa solidão foge ao ver as chamas da paixão. E pensa com ela: “paixões são passageiras, e só fazem mal...”.
E como fazem mal. São insólitas e vagas. Apagam-se com o escurecer dos dias. Diminuem como que se tivesse gastado todas as suas pilhas. Os ponteiros do relógio empacam, mas é pura ficção, pois o tempo continua disputando a frente com o vento.
Partes essas que se fundem e separam-se entre um personagem e outro. Tanto faz o tema ou ambiente, elas são únicas, são as mesmas de hoje, e serão sempre as mesmas de amanhã. Cada uma lutando por um ideal (contraditórios ideais), porém se encontrarão quando o personagem deixa de ser latente e passe a ser de carne e osso. De sensações e olhares. De agir e sentir combináveis e estáveis.
E ambas as partes apressam as horas internas e procuram logo por um abrigo sincero onde as duas caibam e que só assim deixem de passar a perna uma na outra.

domingo, março 16, 2008

O dia "D"

(À M.C)

Fiquei arrepiada. De nervosa. De quase que surpresa. De desapontada. De acabada.
Mas, já não era sem tempo, o dia "D(eu)" chegou.
E eu não parei para pensar no que foi dito (da minha boca e da tua), não parei para pensar no que foi perdido, sofrido e amado com tanto Louvor.
Ainda estou sob efeito do choque de ter me rebelado contra essa insegurança iludida que eu carregava com todo esmero em meu peito. Nos meus mais secretos sentidos.
Estou paralisada, quanto a isso.
Mesmo assim, não páro. E nem posso. Ainda mais agora... Que estou LIVRE, de fato!

sexta-feira, março 14, 2008

Mais que uma noite

Há tanto eu esperava ouvir isso saindo dos teus lábios. E agora, com milhões de esquinas distantes, tu me falas suavemente sobre o doce amor que ficou para trás e que ainda existe batendo apressado em teu peito. Eu rezei tanto para que esse dia chegasse, e finalmente ele veio. Veio acompanhado de incertezas e de muito que se perguntar. Precisaria ter certeza do que disseste, mas me fiz de surda, e novamente me surpreendes dizendo as mesmas palavras saindo de doces salivas. Meu coração pulsa afoito como antes. E eu me sinto tão viva por isso, tão intensa e quente... O problema não está nas longas horas de viagem... Apenas descobrimos um pouco tarde. Mas, nem por isso deixo de querer ouvir tua respiração tão próxima do meu rosto. Mas também, para mim, isso não se resume em apenas uma noite.

terça-feira, março 11, 2008

Transição

Alguns amigos vão.
Outros também.
Enquanto isso, fico
sentada observando
o fluxo tranqüilo,
na expectativa de

que pelo menos um
me acene com um
sorriso, mudando de idéia
e sentando-se ao meu
Lado.

Como antes. No ontem
e também no amanhã.
Sem amigos, nem futuro, apenas um pedaço de papel, lápis em punho e algumas palavras a serem ainda derramadas em vão. Companhia preenchida de frases mal formuladas, mas batendo forte um coração cheio de significados e sentidos. Todos para todos que eu encontrar.

sexta-feira, março 07, 2008

Eu esperando por mim

Sou dependente. Dependente de mim.
Nós tiramos férias. Aproveitamos longas horas de sono, pouco sol, muito calor e vento.
Dormíamos tarde e íamos acordar mais tarde ainda.
Algumas distrações durante os dias: livros, música muito alta, internet, jogos, televisão e comida. Subidas e descidas. Corridas e caminhadas. E assim, as férias acabaram-se.
Mas uma de nós continua de férias: eu. Só que agora, as distrações são vagas, desacompanhadas, sozinhas sem mim.
Entre uma ocupação dispersa e outra, acendo meu cigarro e debruço na janela na esperança de que eu chegue, já que me perdi de mim desatinada na volta para casa.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Essa vida...

"Viver de aparência está sendo tão normal,
Que sabe se lá quem é sinceramente real."
 
P.S.: Agradeço à Camila Rodrigues pelos selos que recebi em seu penúltimo post.
Obrigada pelas palavras e pelo carinho Camila.

Agora é minha vez de passá-lo adiante, e no post de hoje vai esse, e nos próximos, os outros dois que restam.

Para os dois blogs que como diz o selo: NÃO SAEM DA MINHA CABEÇA...
: com o seu blog sempre recheado de informações com sentimentos e opiniões impressos em cada vírgula.
Gabrielle: blog atualizado com emoções do seu cotidiano e repleto de textos envolventes numa linguagem simples e sincera.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Certa insegurança

"Desfaço planos e realço a beleza de estar sempre certa da insegurança dos dias mais. Abro a porta de casa e caminho em busca de algo novo, mas a incerteza da segurança me faz voltar com a rotina dentro da bolsa.
Acordo no outro dia e as horas são sempre as mesmas: atoladas de tanta certeza insegura de que amanhã tudo muda...
Mas a vida... A vida continua fora... E eu nem percebo que nada mudou desde então. Persisto com a bolsa cheia de rotina e com o tempo sobrando nas incertezas desse dia."

domingo, fevereiro 17, 2008

Mudanças na alma

(À nova amizade J. R.)
 
As pessoas mudam, e com elas novos caminhos a trilhar. A diferença real entre as pessoas está no que você, sente e como age. Muitas vezes nos tornamos semelhantes àqueles com quem convivemos, não por falta de personalidade ou coisa parecida e sim porque, naquele momento estamos atraído um pelo outro, o que significa é que, ambos, estamos caminhando pela mesma estrada.
 
Momentos e superações nos fazem entender um pouco mais sobre aquilo que a vida vem nos dizendo dia após dia. Então, um pouco mais acordados percebemos que as nossas ações conseqüentemente influem no nosso estado emocional o que isso resulta está na nossa vida tanto dentro como fora. É o mundo interior interagindo diretamente com o exterior. Uma coisa leva a outra. Como a "lei de ação e reação". Também, como aquela que nos diz, muito sabiamente, que somos responsáveis por tudo àquilo que cativamos. E vale lembrar que o que não queremos para nós necessariamente precisamos não querer para o nosso próximo. Seja ele quem for, seja quem nos causou um grande sofrimento, ou uma grande alegria.
 
Somos todos atraídos por aquilo que: somos e como estamos e agimos em sentido moral. Se nos vemos em grandes conflitos internos, cultivando pensamentos e sentimentos negativos, seja para conosco ou para com alguém, o mecanismo magnético conseqüentemente atrai, sim, momentos difíceis, sentimentos avessos, piorando o conflito interno e causando mais problemas e dificuldades com o mundo que nos cerca. Se nos esforçarmos para cultivar pensamentos e também sentimentos bons com tudo que existe o mecanismo magnético age a nosso favor, nos proporcionando momentos de paz, momentos felizes e de crescimento interno e moral.
 
Somos capazes de interferir na vida das pessoas, gerando brigas e discussões sem propósito positivo algum. Sendo assim, cabe a nós interferir na nossa própria vida, na que habita a nossa alma e a que cerca o nosso corpo. Tentando sempre permanecer em paz e harmonia com tudo o que nos cerca, em tudo que existe vida. Cultivando bons pensamentos e sentimentos, agradecendo por todas as oportunidades de estarmos aqui nesse processo de melhora e avanço moral. É preciso e necessário estar em paz com a consciência e sentimentos para poder usufruir uma vida terrena de bons frutos e de harmonia recíproca com o que nos cerca. Assim a paz desejada é definitivamente alcançada.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Verdade ou mentira

O que acontece com uma pessoa que vai até um programa de televisão para humilhar-se diante de centenas de telespectadores, participando de um quadro onde através de uma “Máquina da verdade”, ela tenta recuperar seu casamento?
Seria desespero? Ou insegurança de uma nova rotina? Ou acomodação? Sinceramente, não consigo imaginar uma mulher, mãe de quatro filhos, que teve um casamento de dez anos, onde dia após dia ela dormia insegura por não confiar em seu marido. Sendo que este já havia lhe dado motivos para que ela se sentisse assim, insegura.
Entre idas e vindas, boatos e confirmações, a esposa resolve dar o troco, pagando na mesma moeda: traição. Diz ele ser mais de uma vez, já ela... Chora muito e confirma, mas que foi apenas uma vez e pelo qual motivo sabemos. No programa, a esposa passa por uma série de perguntas onde suas respostas deverão ser apenas “sim” ou “não” e nada mais que isso.
Diz a apresentadora que o teste é altamente confiável e quem opera a máquina é um profissional. Preparei minha pipoca e acompanhada de uma coca-cola bem gelada fui saber até onde iria e que fim daria a esposa: apenas traída ou também traidora?
Eis que, depois de muito enrolar, de muita encheção de lingüiça com propaganda de patrocinadores, eis que se obtém a resposta: a mulher, que num ato de desespero foi até à respectiva emissora com o único objetivo: provar sua inocência e ter de volta seu tão amado e infiel marido toma um banho de água fria, e bem fria!
- Culpada! - O juiz bate o martelo afirmando que ela mentiu sim. É uma baita safada (na linguagem televisiva pouco amena). A história se encerra por aqui. A esposa antes vítima de acusações infundadas do marido, chora copiosamente e continua negando sobre seus relacionamentos extraconjugal.
Se antes o marido pensava em uma possível reaproximação com sua doce esposa, agora pelo visto não quer mais vê-la nem pintada de ouro... E então eu fico pensando: a que ponto... de onde tiram essa idéia de que uma máquina julga (lembrando que esse método é usado pela justiça injusta...) quem é bandido ou quem é mocinho (nesse caso, quem é ou não o corno da vez)? Quem?
Estatísticas mostram... e blá blá blá... Isso já sei, mas a que ponto uma máquina destrói ou reconstrói casamentos?
Bela invenção, Senhor Inventor da “máquina da verdade”, pena que os manipuladores não a usam para o seu devido fim. Que seria qual mesmo?
Mentira... Verdade...
- Desculpem-me! É que a minha está com problemas...

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Quase real

disse, em outras e bem piores ocasiões... e torno a dizer,agora num ensejo melhor: obrigada pelos momentos. Àqueles incontroláveis irritantes momentos de ternura e doçura da tua parte.
Obrigada também, depois - desesperadamente atrasada para retribuir - obrigada pela não reciprocidade sincera, encoberta de intensidade recíproca e por outros momentos, como este, em que te imaginei em cenas de filmes, cujos quais, toda menina sonha...
Obrigada pelos sonhos. Mesmo que tenham acabado antes mesmo de eu acordar.
Obrigada, Esperança.

domingo, fevereiro 10, 2008

Muito bom, sim senhora!


 
Muito bom mesmo, é ser lembrada. E eu fui.
Fiquei muito feliz quando recebi o comunicado da Camilla , dizendo que meu blog recebia mais um selo.
Adorei, Camilla, muito obrigada pelo reconhecimento, pelas palavras... Obrigada de verdade!(confiram o blog dela, também, merece de volta o selo!)

Então, passo o selo à diante, dos blogs que conheço e freqüento todos os dias:
:
Adoro esse blog, traz diversas informações, temas polêmicos e textos repletos de sentimentos. É um blog muito bom sim senhora!
Divina Letra: Conjunto de idéias, sentimentos, fotos que ilustram perfeitamente os textos, harmonia,divinos textos e tudo isso reunido numa página só. É de encher os olhos!
Gabrielle: Não é porque somos da mesma cidade, mas ela merece e muito esse selo. E eu desejo que mais portas se abram, e que ela mostre mundo a fora o quão bem escreve. Merece e muito!


Confiram, eles são bons sim senhora!!!

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Não se espante

[...]
Não se espante com meus abraços.
Eu seguro a saudade e te aperto
Em meus braços.
[...]

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Reformulação sentimental

Não que a distância faça diminuir ou acalmar o coração que aqui dentro lateja incansavelmente, mas saiba que essa dor já não é tão intensa assim.
Talvez nem seja mesmo... dor.

Porém, não deixo de sentí-la. Faz parte de um processo de auto-reformulação emocional. De auto-segurança. E eu preciso passar por tais provas.
E o estimulante nisso tudo é o resultado. Sempre para melhor, sempre positivo.
Não desisto dessa reformulação interna. É preciso. E sinto estar no caminho certo. Sinto que estarei bem novamente.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Só mais um caso e nada mais

Pensou que seria simples
A idéia de recusar a
Proposta de seu companheiro
- agora não mais tão presente assim.

Apenas diria "não" em tom
Forte e seguro.
Mas vendo-se diante da proposta,
Não pôde dizer mais nada
A não ser "sim".

Exatamente o que ele queria ouvir,
Um "sim" com a voz embargada
E os olhos molhados:
- Sim, arrume suas malas
E procure um lugar para ficar...
- Vai ser melhor assim.
- Vai ser - disse ele quase incrédulo.

Mas não foi.
E ela disse o "não” como queria.
Mas agora... Foi para
A chance de ser feliz.
Ela disse "não".

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Alegria carnavalesca

Em meio às festividades do mês, não poderia deixar faltar confete e serpentina.
Que, sentidas, são sinônimos de: entusiasmo, felicidade, empenho, superação, alegria contagiante, amor, união, empolgação, risos e sorrisos soltos pelo ar.
Que não falte confete e muito menos serpentina o ano todo.
A magia contagiante do carnaval precisa ser mantida todos os dias.
Feliz empolgação de dias animados para todos nós!!
E que a bebida seja o doce e majestosa com sabor de Amar.

domingo, fevereiro 03, 2008

Dias de Maria

Agarrei o primeiro saco de lixo que vi pela frente, e despejei sem todas as sujeiras que apodreciam os meus dias. A faxina foi complicada, era tanta imundice que fiquei confusa por onde deveria começar. A primeira varrida sempre é a mais difícil... mas não tinha outro jeito, ou era uma casa mais limpinha ou farelos para tudo quanto era lado.

Passei dias nessa tarefa árdua. É duro tomar conta de casa, ainda mais sozinha... Agora estou no processo da reciclagem. Aquilo que foi usufruído e acabou, ainda tem alguma utilidade. Só é preciso ter criatividade. É certo que tudo tem seu tempo, e tem o seu porquê. As respostas vão se encaixando pouco a pouco nessas linhas desorganizadas.


Enquanto isso, vou batendo algumas almofadas, lavando algumas roupas... vou harmonizando e tentando outra vez, familiarizar-me com a casa. As mudanças são bem-vindas: somente aquelas que te acrescentam. Renovando alguns filmes, organizando alguns livros, mas nunca esquecendo dos seus personagens. E para finalizar a faxina interior: desapegando-se intensamente - diferente de rejeições,ou desafeto.


Ainda está em andamento, é claro,mas já é um grande passo. Pelo menos o meu quarto, já está organizado...


Nota: Roberta, fico muito contente que tenhas gostado do meu blog em si, e também por ter me dado aquele selo. Confesso que fiquei surpresa com a indicação.De verdade e te agradeço muito,muito!E um recado: coloque mais de suas poesias, são tão sentidas!
E minha indicação é para todos aqueles que estão linkados em meu blog. Não é à toa que eles estão alí!!!

quinta-feira, janeiro 31, 2008

Inverno de 1972

Green eyes,
Pensei em te escrever alguma coisa.
Talvez se eu ligasse seria mais fácil. Mas que nada, eu iria engasgar, repetiria as mesmas palavras de segundo em segundo, formaria frases sem nexo até que a ligação caísse.
Não tendo coragem para tanto, pensei em te escrever.
Mas parei.
Escrever o quê afinal de contas? Se tudo que precisava ser dito não saiu por inteiro quando tive chance. Faltou ar. Faltaram palavras...
Angustia-me saber que poderia ser diferente. Que poderia ser melhor. Mas seria mesmo?
Evitei fotos, falas, músicas, filmes, cores, flores. Tudo para esquecer de pensar em ti. Mas nada foi suficiente. Eu fechava os olhos e lá estava você me esperando para conversar sobre o seu dia. E lágrimas dos meus olhos caíam. Elas sempre estavam presentes nesses nossos encontros.
E no final de tudo que foi e até o que nem veio, elas são as únicas que se mantém fiel para comigo. Mas já você... Está bem longe, mais longe do que as minhas pernas ainda jovens poderiam percorrer.
 
E eu só pensei em te dizer o que de verdade sinto agora. Alguma palavra tocante que te trouxesse de volta para bater outra vez na minha porta. Mas até mesmo por aqui, elas parecem não existir.
Talvez seja porque nada mais eu tenha dizer. E acontece que ainda fico presa.
Presa nesse passado que nunca se transformará em presente, e muito menos em futuro.
Sem esperanças, nem chances, nem sonhos, apenas ilusões me acompanham. Mais uma vez. E sempre por você.
Certamente você não irá ter conhecimento de nada disso, até por que eu não te mandarei
E também por que você nem é de verdade. Você se torna parte de mais uma das minhas crises psicológicas de inventar personagens para essa minha vida monótona.
Pelo menos, farei de conta que isso que disse acima é verdade.
Dormirei de qualquer forma. Só não se sabe como.
Até amanhã eu já nem lembrarei mais dessa sua participação vaga nessa folha de papel.
Mas, até amanhã...


P.s.:
Pegue o primeiro ônibus que encontrar e tome a estrada no caminho contrário do que você foi. Sairei correndo, mas dessa vez para atender a porta!
Preciso sorrir outra vez!
Nose frozen