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- O que escrevo? Não sei. Só sei que minha alma grita e eu já não posso mais abafar nem conter essa ânsia.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Verdade ou mentira

O que acontece com uma pessoa que vai até um programa de televisão para humilhar-se diante de centenas de telespectadores, participando de um quadro onde através de uma “Máquina da verdade”, ela tenta recuperar seu casamento?
Seria desespero? Ou insegurança de uma nova rotina? Ou acomodação? Sinceramente, não consigo imaginar uma mulher, mãe de quatro filhos, que teve um casamento de dez anos, onde dia após dia ela dormia insegura por não confiar em seu marido. Sendo que este já havia lhe dado motivos para que ela se sentisse assim, insegura.
Entre idas e vindas, boatos e confirmações, a esposa resolve dar o troco, pagando na mesma moeda: traição. Diz ele ser mais de uma vez, já ela... Chora muito e confirma, mas que foi apenas uma vez e pelo qual motivo sabemos. No programa, a esposa passa por uma série de perguntas onde suas respostas deverão ser apenas “sim” ou “não” e nada mais que isso.
Diz a apresentadora que o teste é altamente confiável e quem opera a máquina é um profissional. Preparei minha pipoca e acompanhada de uma coca-cola bem gelada fui saber até onde iria e que fim daria a esposa: apenas traída ou também traidora?
Eis que, depois de muito enrolar, de muita encheção de lingüiça com propaganda de patrocinadores, eis que se obtém a resposta: a mulher, que num ato de desespero foi até à respectiva emissora com o único objetivo: provar sua inocência e ter de volta seu tão amado e infiel marido toma um banho de água fria, e bem fria!
- Culpada! - O juiz bate o martelo afirmando que ela mentiu sim. É uma baita safada (na linguagem televisiva pouco amena). A história se encerra por aqui. A esposa antes vítima de acusações infundadas do marido, chora copiosamente e continua negando sobre seus relacionamentos extraconjugal.
Se antes o marido pensava em uma possível reaproximação com sua doce esposa, agora pelo visto não quer mais vê-la nem pintada de ouro... E então eu fico pensando: a que ponto... de onde tiram essa idéia de que uma máquina julga (lembrando que esse método é usado pela justiça injusta...) quem é bandido ou quem é mocinho (nesse caso, quem é ou não o corno da vez)? Quem?
Estatísticas mostram... e blá blá blá... Isso já sei, mas a que ponto uma máquina destrói ou reconstrói casamentos?
Bela invenção, Senhor Inventor da “máquina da verdade”, pena que os manipuladores não a usam para o seu devido fim. Que seria qual mesmo?
Mentira... Verdade...
- Desculpem-me! É que a minha está com problemas...