Quem sou eu

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- O que escrevo? Não sei. Só sei que minha alma grita e eu já não posso mais abafar nem conter essa ânsia.

domingo, março 30, 2008

Cansada

Na busca exagerada e desesperada por mudanças, focalizei todas as minhas frustrações decorrentes, nesse pequeno e humilde espaço. Deletei do cérebro e obviamente, dos olhos, a imagem do layout que eu tanto ansiava pôr finalmente conseguir colocá-lo aqui, graças a bondade e paciência da amiga blogueira que tanto aprecio... Enfim, o perdi das vistas e agora nenhum me serve. Nenhum mais me satisfaz. 

A busca por mudanças é tamanha que me sinto de mãos e pés atados no momento. Mal consigo digitar essas palavras, muito me custa vir faqui e fazer isso. Mal consigo ir até a rua, não sei mais o que é caminhar por entre as pessoas, desviar dos carros e das bicicletas desgovernadas. A frustração é tanta, que nem esperanças de alguma mudança sequer eu tenho. Nem mesmo sei mais o que é ter uma rotina cansativa e atarefada. E agora, me resta jogar o que nada tenho para o alto e implorar que qualquer coisinha, mínima que seja, venha até a mim, ou mesmo (sabendo que nada cai dos céus...) desatar as correntes dos pulsos e tornozelos e ir com força e vontade atrás delas... Mudanças.

É tão estranho e desanimador, que o máximo que consigo fazer,é ficar sentada esperando pela chuva tão refrescante e necessária desses dias de intenso calor... E ver que absolutamente nada chega até a mim, nem cobrança de IPTU, ou nem mesmo, uma gripe. E eu sigo... Cansada de tanto esperar. Mas sigo, afinal de contas!


P.S.: Sem muito o que contar por aqui. Sem vontade de procurar uma foto... Cansada apenas. Noites mal dormidas, acabam com qualquer um...

P.P.S.: Ah, e outra hora eu coloco de volta a lista dos links e passo para visitá-los.

sexta-feira, março 21, 2008

Interna

Apenas uma parte aparentemente visível se contenta com a insanidade sentida anteriormente. Apenas essa parte deixava-se usar. Contentando-se em apenas ser o zero absoluto subordinado pelas desilusões, injustas, sofridas por outros ardores em diferentes épocas.
E essa parte, euforicamente submissa a tanto mal-estar sucessivo, implora pela outra parte - ainda vagando por entre sombras frias – implora, que se junte a ela, e que sinta um calor verdadeiro ou então que congele pela frieza ímpar que tanto recebe de apenas um, mas não único ser.
Mas, a parte de intensa solidão foge ao ver as chamas da paixão. E pensa com ela: “paixões são passageiras, e só fazem mal...”.
E como fazem mal. São insólitas e vagas. Apagam-se com o escurecer dos dias. Diminuem como que se tivesse gastado todas as suas pilhas. Os ponteiros do relógio empacam, mas é pura ficção, pois o tempo continua disputando a frente com o vento.
Partes essas que se fundem e separam-se entre um personagem e outro. Tanto faz o tema ou ambiente, elas são únicas, são as mesmas de hoje, e serão sempre as mesmas de amanhã. Cada uma lutando por um ideal (contraditórios ideais), porém se encontrarão quando o personagem deixa de ser latente e passe a ser de carne e osso. De sensações e olhares. De agir e sentir combináveis e estáveis.
E ambas as partes apressam as horas internas e procuram logo por um abrigo sincero onde as duas caibam e que só assim deixem de passar a perna uma na outra.

domingo, março 16, 2008

O dia "D"

(À M.C)

Fiquei arrepiada. De nervosa. De quase que surpresa. De desapontada. De acabada.
Mas, já não era sem tempo, o dia "D(eu)" chegou.
E eu não parei para pensar no que foi dito (da minha boca e da tua), não parei para pensar no que foi perdido, sofrido e amado com tanto Louvor.
Ainda estou sob efeito do choque de ter me rebelado contra essa insegurança iludida que eu carregava com todo esmero em meu peito. Nos meus mais secretos sentidos.
Estou paralisada, quanto a isso.
Mesmo assim, não páro. E nem posso. Ainda mais agora... Que estou LIVRE, de fato!

sexta-feira, março 14, 2008

Mais que uma noite

Há tanto eu esperava ouvir isso saindo dos teus lábios. E agora, com milhões de esquinas distantes, tu me falas suavemente sobre o doce amor que ficou para trás e que ainda existe batendo apressado em teu peito. Eu rezei tanto para que esse dia chegasse, e finalmente ele veio. Veio acompanhado de incertezas e de muito que se perguntar. Precisaria ter certeza do que disseste, mas me fiz de surda, e novamente me surpreendes dizendo as mesmas palavras saindo de doces salivas. Meu coração pulsa afoito como antes. E eu me sinto tão viva por isso, tão intensa e quente... O problema não está nas longas horas de viagem... Apenas descobrimos um pouco tarde. Mas, nem por isso deixo de querer ouvir tua respiração tão próxima do meu rosto. Mas também, para mim, isso não se resume em apenas uma noite.

terça-feira, março 11, 2008

Transição

Alguns amigos vão.
Outros também.
Enquanto isso, fico
sentada observando
o fluxo tranqüilo,
na expectativa de

que pelo menos um
me acene com um
sorriso, mudando de idéia
e sentando-se ao meu
Lado.

Como antes. No ontem
e também no amanhã.
Sem amigos, nem futuro, apenas um pedaço de papel, lápis em punho e algumas palavras a serem ainda derramadas em vão. Companhia preenchida de frases mal formuladas, mas batendo forte um coração cheio de significados e sentidos. Todos para todos que eu encontrar.

sexta-feira, março 07, 2008

Eu esperando por mim

Sou dependente. Dependente de mim.
Nós tiramos férias. Aproveitamos longas horas de sono, pouco sol, muito calor e vento.
Dormíamos tarde e íamos acordar mais tarde ainda.
Algumas distrações durante os dias: livros, música muito alta, internet, jogos, televisão e comida. Subidas e descidas. Corridas e caminhadas. E assim, as férias acabaram-se.
Mas uma de nós continua de férias: eu. Só que agora, as distrações são vagas, desacompanhadas, sozinhas sem mim.
Entre uma ocupação dispersa e outra, acendo meu cigarro e debruço na janela na esperança de que eu chegue, já que me perdi de mim desatinada na volta para casa.