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- O que escrevo? Não sei. Só sei que minha alma grita e eu já não posso mais abafar nem conter essa ânsia.

sábado, setembro 06, 2008

Sujeito indeterminado

Estou mortificada com a falta de capacidade que o Sujeito se porta ao resolver seus problemas. Isso corrói com a tranqüilidade que ainda carrego em meu peito. Não sei o porquê, mas todos continuam berrando aos quatro ventos suas insatisfações. E mais do que isso: se destroem aos poucos com suas frustrações.


O Sujeito anda perturbado. Precisa se expressar em muito mais que uma linha, precisa fazer alguma concordância, alguma coisa ele precisa dizer para que as outras frases não se tornem tão mais incoerentes. E não entendo porque tanta subjetividade em suas queixas. Não sei o porquê do nó de sua garganta está tão apertado, sufocando-lhe aos poucos.


Enquanto isso, nós precisamos de algum ponto, de alguma vírgula de alguma intenção bem colocada que possa dizer realmente o que significa tamanha insatisfação. E no fundo, desmembrando esse texto com cuidado, bem sei onde estão seus erros, suas manifestações agressivas de uma escrita mal interpretada. Bem sei, mas não cabe a mim corrigi-lo, porque também sou fruto dessas linhas, cresci nessas palavras tresloucadas, e é exatamente por isso, que, bem sei que no fundo também estou tentando não ser mais assim, explosiva.

No entanto, levo em consideração que o Sujeito está ficando cheio das rabugices do tempo. E dessa e outra vez, isso também passa.