O telefone tocou. Duas.Três vezes.
E com os olhos apavorados, unhas roídas, Vilma atende aquela ligação no meio da noite com um quase mudo "alô". Do outro lado da linha, uma voz entusiasmada de tão aguda berra: - "Ele assinou!Ele assinou! Agora estás livre para seres livre!"
E com os olhos apavorados, unhas roídas, Vilma atende aquela ligação no meio da noite com um quase mudo "alô". Do outro lado da linha, uma voz entusiasmada de tão aguda berra: - "Ele assinou!Ele assinou! Agora estás livre para seres livre!"
Vilma, depois de alguns demorados segundos incrédula diante da tão desesperadora notícia desejada, sorri em meio a um choro compulsivo de lágrimas livres, esperançosas e aliviadas, que há tanto tempo tiveram sido engolidas friamente.
Com os olhos marejados de um sono incontrolável e uma emocionada felicidade solidária, Martha, pendeu a cabeça para o lado, deixando-a cair sob seus ombros finos e delicados, soltando suavemente de suas mãos o livro que lia com tanta sede.
E assim, tomada pela felicidade alheia, pôde então, dormir tranqüilamente aliviada. Desejando que o tempo parasse naquela tão desejada por si, Felicidade.