É como se não houvessem palavras partidas.
Tudo, enfim, é a força do hábito.
Podar uma árvore para que novas folhas nasçam.
Cortar estradas para que o percurso seja breve,
e o (re)encontro - por favor! - seja demorado.
Cortar, fatiar, partir: nem sempre a dor sentida é deveras triste.
Esquecer, perder, negar: isso sim é fazer doer.
Não me esqueça. Apenas me parta e me fatie em pedacinhos bons.
De lembranças em imagens recortadas, rememoradas em flash-back
de um percurso longo ou breve, de um toque na mão ou no coração -
mas que aquece de ambos os jeitos.
Fatie-me em feixes de luz.
Desdobre a Física, e tenha-me luz na vertical.
Invente-me a cada novo amanhecer.
Eu, mesmo que do alto, continuarei à espreita, à espera de ti
juntando nossos pedaços partidos em longas conversas.
Colando-os em cores alegres, costurando-os em bandeiras de paz,
formando, novamente, um mosaico de nós dois.
Não engane-se: as palavras de antes partidas
são feitas de sentimentos intactos, puros -
fatias de nós.
Quem sou eu
- Fabíola Weykamp.
- - O que escrevo? Não sei. Só sei que minha alma grita e eu já não posso mais abafar nem conter essa ânsia.
quarta-feira, setembro 15, 2010
segunda-feira, setembro 06, 2010
Ir
Seguir à risca as coordenadas médicas.
Seguir à risca os conselhos dados.
Seguir por simplesmente seguir.
No entanto, o desejo encoberto por cápsulas
e tapinhas nas costas é de não seguir.
É de puramente ir.
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