Quando se está na rua e,
de repente, se é tomado,
invadido e consumido
por uma tristeza profunda,
não há lágrima mais tímida
que se iniba à multidão.
Chora-se a dor
de mais de seis meses
de saudade em plena
rua ensolarada e lotada
completamente.
Chora-se, em vazio,
à saudade esmagadora
e solitária da ausência da voz e
dos assovios improvisados
que eram capazes de encher
muitas ruas de amor somente.
Chora-se apenas.
Foi tudo o que nos restou.