Quem sou eu

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- O que escrevo? Não sei. Só sei que minha alma grita e eu já não posso mais abafar nem conter essa ânsia.

domingo, abril 27, 2008

Cara limpa


Descobri que não quero mais entrar pelos fundos fingindo ser uma delinqüente que sai no escuro para não ser reconhecida. Esse disfarce da meia-noite não me serve mais. Preciso de um outro, um novo e verdadeiro. Que não me envergonhe, e que me decepcione menos.

Descobri um pouco tarde (eu sei)  que agora, mais do que nunca, quero a chave da porta da frente. Entrar e sair quando o dia clarear sem medo algum de me mostrar.

Mas para não ter possíveis ressentimentos eu guardo a chave da porta dos fundos. Vai que um dia você também precise dela?

terça-feira, abril 22, 2008

Desejo

"Espero acordar e me manter acesa durante o dia.
Espero que o vento que entre pela janela do quarto não assopre a chama que em mim.
Espero que os desejos, pedidos de mãos juntas e elevadas a Ti, não deixem que eu vire um simples sebo e o que sobrar dessa cálida chama reascenda-se com o respirar de um novo amanhecer."
"Pequenos passos são dados a cada dia. Poucos. Porém, precisos passos."

domingo, abril 13, 2008

Último postal

A vida estava tão boa com você por perto. As cores eram mais nítidas, e o sol sempre invadia meu quarto pelo amanhecer acordando-me com um aquecido carinho em meu rosto tranqüilo de sonhos bons. 

Em um dia desses em que o sol invade o seu corpo e aquece sua alma tomada de saudade, você resolve viajar.
Viajar para conhecer novos ares... Simplesmente sair sem rumo certo, parando na cidade que mais lhe agradar.

Não me perguntaste se eu queria ir junto, talvez mesmo, eu nem iria. Mas faltaste comigo, sim. E o meu céu nublou.
Com o tempo vamos nos acostumando com essas mudanças inesperadas. E os dias passaram se arrastando por entre as sombras das alamedas vazias de gente, de nós. E no final, você resolve simplesmente me dizer que agora vais mais longe, e sem ao menos se despedir de mim, pela segunda vez.

Ainda lembro do último postal que recebi. Havia uma praia muito bela, de cores intensas. E no verso estavam suas únicas palavras: “Estou me mudando no fim do mês, para uma cidade vizinha. Um beijo e cuide-se”.

Apesar de estar bem sucinto, faltou um detalhe, não percebes?
Faltou uma palavra de esperança, de que iríamos manter estes vagos, porém importantes, contatos. Mas nem isso você escreveu. Talvez a mudança já estava saindo e foi tudo o que conseguisse escrever. Por falta de tempo, quero crer. E não porque terminaria nesse último postal.

E é em dias assim em que os céus voltam a sorrir para mim; eu lembro de você e isso aperta o peito e reaviva a vontade de lhe ver. De tê-lo, mesmo que em postais com frases inacabadas.
Mesmo que seja assim... Em vagas, mas vivas palavras e lembranças.

domingo, abril 06, 2008

Seguindo sempre

E tudo na vida é assim:
há dias em que se sorri,
como também,
há dias em que se chora,
se irrita, se desanima.
Mas há dias em que
o Sol brilha tanto lá
fora, como aqui dentro.

Há dias em que tudo
precisa de calma.
Precisa-se respirar
profunda e lentamente
para que assim,
os dias de intensas
e positivas mudanças,
tragam a felicidade
de dias melhores.


E assim, os dias passam.
Não mais diante dos meus olhos.
Passam agora, sorrindo e festejando
Aqui dentro!

Menos peso, menos agonia.
Mais sorrisos, boa vontade,
e harmonia.
Dias de superação.
Dias de intenso calor: humano.

P.S.: Novos passos,outros olhares.Mais felizes!