Se, perder-se no infinito-eu fazia parte do plano,
contento-me com o que sou agora,
na posição em que cheguei,
e cruzo os braços sobre minha barriga – àquela de que outrora recebia,
frequentemente, a visita das borboletas –
na espera sem forças de outro alguém.
Mantenho os braços cruzados diante
da minha própria impessoalidade,
quem sabe passageira,
e recosto na cadeira o dorso curvado
por carregar sobre os ombros
o peso de um mundo que não é meu.
Mas que dói corrosivamente.
Aos poucos. Em prantos.
Eis então, aqui, a parte de mim
que te cabe saber.
Quem sou eu
- Fabíola Weykamp.
- - O que escrevo? Não sei. Só sei que minha alma grita e eu já não posso mais abafar nem conter essa ânsia.
quinta-feira, julho 29, 2010
sexta-feira, julho 02, 2010
A Deus eu peço
Se era para ser clara a noite
que despertava em zelo árduo
e significativo dos fados de inverno,
que renasça em mim,
em novo acorde, um suspiro longo e macio
para que da aurora pudéssemos aproveitar
a nova chance de aqui se estar,
como antes, como quando, ao berrar dos galos da fazenda,
a parteira vinha comigo aos berros - eu querendo o teu colo quentinho –
e tu querendo ouvir minha respiração ao pé do ouvindo.
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