Se, perder-se no infinito-eu fazia parte do plano,
contento-me com o que sou agora,
na posição em que cheguei,
e cruzo os braços sobre minha barriga – àquela de que outrora recebia,
frequentemente, a visita das borboletas –
na espera sem forças de outro alguém.
Mantenho os braços cruzados diante
da minha própria impessoalidade,
quem sabe passageira,
e recosto na cadeira o dorso curvado
por carregar sobre os ombros
o peso de um mundo que não é meu.
Mas que dói corrosivamente.
Aos poucos. Em prantos.
Eis então, aqui, a parte de mim
que te cabe saber.