avesso isso exo
expresso
aviso aquilo nego
enxergo
vaso complico
apego disperso
asco asco asco
asco asco
vasto mim submerso
uma sacola de sentimentos soltos
recortados de revistas jornais
tudo o que meu olhar penetrar
reviro do avesso
cada aperto
eu me converto
num poema inanimado
enterrado corpo inteiro
um salto um berro me ajoelho
o eco absoluto num deserto
eu grão de sal
um grão de areia de sal
um grão de sal de areia
único na imensidão
esquecida de ícaro
imerso no aterro
desnivelado da minha
tortura lírica
convoco prismas budas e caducos xucros
iansãs maçãs e xamãs
tudo que reza feito imãs
adoço corações amargos
com pitadas de sarcasmos
comecei comigo
acabo contigo
morro conosco
nasço enquanto
nosso tempo, poetinha:
é sempre