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- O que escrevo? Não sei. Só sei que minha alma grita e eu já não posso mais abafar nem conter essa ânsia.

terça-feira, maio 27, 2008

Pelo tempo que durou

Pelo tempo que durar, tudo fará de nós
Um pouco amantes, um pouco amigos,
E um pouco falidos.

Quando ainda durar, teremos, quem sabe,
O amor que planejamos.
Teremos, se der, a casa que sonhamos,
Flores e árvores receberão as nossas famílias.

As flores vermelhas do jardim, colhes pela manhã,
Me trazes com o café, me trazes com o seu “bom-dia”,
Me trazes na cama, na lama e em cima dos lençóis de grama.

As notícias do jornal comentarás comigo.
Falarás do futebol, do telejornal, e do carro do vizinho.
Terás os seus sonhos nos meus sonhos.
Pelo tempo que durar...
Nossas falas se formarão num café de verão,
Sentados na varanda,
Com o cachorro do lado, rolando pela grama.

Pelo tempo que durará, no fim, ainda lembrarei de você.
Das flores vermelhas colhidas na primavera,
Do cheiro do café, do amor pela manhã.
Da toalha pelo chão, do sorriso com o pão,
Do meu amor, do teu amor, do nosso amor.
Pelo tempo que durou.

sábado, maio 24, 2008

Pulando etapas

Ainda tento saber como estamos, se é que ainda estamos.Você foi embora dando um adeus meio distante. Um adeus nas entrelinhas, em pensamento. Mas eu entendi, você mandou o seu recado. Mesmo assim, tentei jogá-lo fora, vá que eu estivesse lendo pelo lado avesso? Vá que minhas interpretações fossem não tão boas assim? Nem deu tempo de acreditar nessas hipóteses, você foi logo reafirmando tudo aquilo que eu não queria acreditar: aos poucos, foi colocando as roupas nas malas, foi chegando cada vez mais tarde em casa...
 
E eu queria acreditar que fossem os negócios na empresa que te tomavam tanto tempo assim. Eu queria acreditar, mas sabia que era eu quem te fazia ir embora aos poucos... Nem brigar, nós brigamos! Apenas fomos assim, separando as escovas de dente, com o tempo. Fomos deixando de nos tocar... De nos falar... De até mesmo nos olhar. Fomos nos deixando de lado, até que enfim, cada um ficou em seu quarto, em sua casa, vivendo cada um sua vida. Cada um recolhendo seu próprio lixo. E só depois, com o tempo  e as pistas que nós mesmos dávamos um ao outro; percebi que você não morava mais aqui antes disso tudo. Percebi que sequer vocês esteve por aqui. Aqui dentro.

"E em partes se reparte uma vida que já não faz parte de uma só parte".

terça-feira, maio 20, 2008

Meu relógio, meu tempo

Alguma coisa me fez vir até aqui. Uma palavra que escutei há pouco, ou até mesmo o que venho escutado há dias atrás. Um filme que ainda não assisti, mas que tenho atuado há um bom tempo... Também me trouxe até aqui. Fortes pensamentos-sentimentos me trouxeram até aqui. Conheço parcelas do motivo. Umas guardo em segredo para que nem eu mesma possa sufocá-las de tanta euforia, por que existem momentos e momentos para que possam vir acontecer. Não quero me afobar antes da hora. Outras vêm com o tempo. Não o tempo que marca o teu relógio, mas o tempo que marca o meu.

Temos tempos distintos para fazermos as mesmas coisas. Coisas essas, que quando uns fazem, outros, desesperadamente tentam fazer. E o que é pior: tentam fazer igual. Sem espontaneidade. Mas eu estou em outro fuso-horário. Não sei bem de onde, de quê lugar. Porém, aqui nada é incerto quando tudo que se parece o mais certo está dentro de si. Seja o que for, seja de qual intensidade e infinitésimo que seja, tanto faz. São puros e simplesmente seus. O que outro faz ou deixa de fazer, não necessariamente está certo. E o que faço agora, não necessariamente está errado.

Até mesmo o clima muda. As folhas das árvores levam um tempo, mas quando chega a hora, elas despencam. E caem não porque uma outra despencou, mas sim porque foi preciso. Porque logo mais vem a primavera, e nela, as folhas novas têm de ter chance de florescerem, têm de ter sua chance. E a nossa vida é assim, do mesmo jeito e tempo como as folhas nascem, crescem, reproduzem-se e envelhecem. É assim que o mundo gira, que as roupas de agora, deixam de ser tendências da moda de amanhã.
Hoje gostamos de algo que futuramente odiaremos (ou não.) Perdoaremos atitudes que agora, talvez sejam imperdoáveis. E assim a vida muda, e com ela as pessoas também. Mas todas essas mutações incontroláveis têm o seu tempo exato para ocorrer.

Não procure colocar a carroça na frente dos bois: a vida não pode ser vivida somente por impulsos manipulados nem percorrida por passos apressados. No fim, todos nós estaremos caminhando rumando um mesmo destino e chegaremos juntos na ponta da estrada da vida, e então, tu caro leitor,  vais entender que ai dentro, onde teu coração pulsa tranqüilamente, vais ver que valeu a pena ter tido o teu próprio relógio de pulso. E só quem deve dar a corda, trocar ou não as pilhas: és tu mesmo.

sábado, maio 17, 2008

Esperando por ti

"Contar de ti para alguém faz, com alegria e saudade, com que tu vivas um pouco mais em mim.
Mesmo que as nossas histórias arranquem suspiros e lágrimas tímidas, com gosto ainda te deixo respirar dentro de mim.
Até que voltes para me levar contigo."

terça-feira, maio 13, 2008

Em novos passos...

"Não deixe que a decepção contamine o seu coração.
Há ainda, uma ponta de esperança sorrindo em teus lábios,
Deixando para trás as doces ilusões perdidas em alguma gaveta,
Não de um armário qualquer.


Permita que essa seja mais uma história
Que outros hão de querer ouvi-la.
Permita que ainda nasça um olhar

De encantamento e que ele
Desabroche em novos sorrisos. Em novos suspiros".

sábado, maio 10, 2008

 
Como podemos nos acomodar com o modo em que vivemos? Vivemos longe uns dos outros, atarantado de problemas que nós mesmo criamos. Fugindo da verdade pelo menos uma vez ao dia. Mentimos descaradamente com alguém por alguma coisa pelo simples fato de não querer ceder, de ter medo do novo e das suas conseqüências. Perdemos a chance de dizer quem realmente somos só para estarmos de bem na no nosso meio, quando muito isso só reflete em nosso próprio ego.  
 
Desejamos ser o próximo somente pelo o que ele possui e não pelo o quê é internamente, até mesmo porque esquecemos das questões morais e preferimos ficar com as materiais, com aquelas que cai como uma luva sobre o corpo que não temos, com o qual não somos.
Não percebemos que o toque por assim sentido conforta, alegra qualquer ser em qualquer situação. E o mais importante: não é substituível. 
 
Sejamos inteiramente nós, com e sem defeitos. Melhorando o que há de errado e progredindo no que vai bem. Deixemos de lado a acomodação que nos deixa paralisados. Desejemos agir sempre para frente, sem derrubar ou tropeçar em quem está mais adiante e sim, caminhando lado a lado com este, porque somos iguais e um sempre soma com o outro. Pelo menos era o que deveria ser.



quarta-feira, maio 07, 2008

Não sei, só sinto

Sinto o seu perfume em cada esquina que cruzo.
Estranho, mas não é você quem o usa, e isso me desanima.
Com o tempo assim, entre ciclones e chuvas e você tão longe,
nem ao menos sei se antes de sair de casa pegaste o guarda-chuva,
ou colocaste o casaco, porque na previsão deu que fará frio mais tarde,
você não viu?
Nem ao menos sei com quem andas, e se estás te alimentando.
Trabalhas tanto, e um dia de descanso é sempre bom. Você tem se divertido?
Não sei de mais nada, e isso me preocupa.
Não durmo mais, só penso.
Penso.