Não.
Eu não posso mais
aguardar por tuas
promessas não cumpridas.
Por teu adeus
mal dado e por teu
chegar que avassala.
Não é justo comigo,
que tanto pedi
para que fostes
de uma vez por todas.
Que fostes,
mas que fostes de verdade.
E que ao sair
fechastes todas as portas
e janelas e me devolvesses as chaves.
Eu tanto pedi e
num súbito agressivo, causado
pela suposta rejeição,
jogastes em cima de mim
todas as rosas, as nossas músicas,
as nossas fotos, os beijos e os abraços,
e por fim, me apunhalastes
com todas as palavras de
desafeto que nunca disseras antes.
E agora, quando pergunto
o porquê da tua volta
- pela enésima volta –
só sabes me insultar e
dizer que se for de minha vontade
vais embora.
Mas tudo que realmente acaba
é o dia e com ele: eu me acabo nos teus braços.