Minha alma voa.
Vaga na noite escura da cidade.
Encontra farras silenciosas
em cada esquina.
Pára e escuta.
Vaga na noite escura da cidade.
Encontra farras silenciosas
em cada esquina.
Pára e escuta.
Escuta o silêncio que mora
nas lâmpadas apagadas
das avenidas solitárias.
Caminha por mais esquinas,
como que querendo encontrar
em cada olhar
o seu olhar.
Mas, só havia poucos olhos fechados.
olhares cansados de uma noite fria.
De uma noite só.
E minha alma continua vagando.
Vagando por ali e por aqui
no fim das ruas, dentro das casas
dentro da própria alma.
Vagando a sós.
Vagando enfim, em lugar algum,
cansada de mim.