Quem sou eu

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- O que escrevo? Não sei. Só sei que minha alma grita e eu já não posso mais abafar nem conter essa ânsia.

domingo, janeiro 05, 2014

poema da alcoolusão

era tão verdadeiramente cru
que cheguei a jurar que era leminski

era tão bem feito
que comi o título sem garbo, 
/estava faminto

era tão sufocante
que arrotei, achando que era rima
além de ímã

e arrotei duas e tantas vezes mais
porque eu estava alto
no ápice da sabedoria [c
                                    a
                                       í]


que nada
não era arte nem dono de alguma verdade
era uma garrafa de cachaça vazia
que eu deixei barata
no meio da sala

lirismo roto
página em branco
vãs legitimações