desconsidera o papel
a rima oca harmoniza com o mouse livre
a técnica volátil da caneta sem tinta
a energia que nunca esgota
a métrica que acompanha os caracteres alucinados
renderizados na
melancolia de noites sem estrelas
só a luz da tela lcd – não mais lsd –
só a luz da lua artificial ilumina
as dores modernas
dos amores antigos
da fome de antes
da miséria de agora
o cursor piscando
na tela
o brilho da escuridão é quem conduz o poeta
do homem de neandertal
ao revolucionário hacker
de poemas
ocultos nas entrelinhas bot
do meu coração
a partir de galvão – poetas da era bill gates