no caminho
para a casa
pelotas
tudo cinza
do céu que eu
vejo
ao chão que
caminho
não pertenço
uma angústia
consome
quase tudo
o desejo de vida
resiste,
reside insone em
meio ao caos
a chuva
a rua alagada
um lírio fugindo
da sacada do terceiro
andar
exibe para mim
uma brecha da
eternidade