Um alento
Em meio à madrugada
Fria e escura
Um acalanto de ternura
Pelos olhos escorria
Aquecendo a face mórbida da melancolia
Um carinho recíproco
De quem soluça baixinho
E é completamente capaz de mitificar
O sentimento piedoso e suave
Vindo da imensidão terna da noite
Embora haja o pranto, oriundo das dores e medos adjacentes
Embora o misterioso e conflituoso medo de se perder no infinito das lágrimas...,
Há mansidão complacente
Há beleza na própria e solitária dor
Pois é nela que a fênix da nova chance ressurge
É senão a dor: o trampolim à plenitude consoladora.