Não que a distância tenha feito dela um alguém mais carente, nem que ela quisesse conseguiria se tornar sozinha. Dos seus muitos amores, os transformou em uma válvula de escape: onde ela poderia repousar o seu corpo quente e cansado de tanto amar, mesmo sendo superficiais essas aproximações.Ela mesma repetia em frente ao espelho: “Não deixo de ser feliz por ser... ser sempre assim”.O que transparecia ao seu rosto, era que o seu pensar soava tão distante da realidade.Ela já sentia falta de ter o seu corpo unido em apenas um outro. Seja ele como for, mas que seja apenas um. Um para que ela possa dizer, “é só meu”, mesmo sabendo não ser a total verdade. Os homens, não pertencem a uma só mulher, não correspondem amores, saciam seus desejos e suas fantasias em um corpo que horas é claro e outra é escuro.Para eles tanto faz, não importa quem sejam, basta apenas que sejam.Mas para ela, esse desejo vazio estava lhe atormentando qualquer contato físico.Ela precisava de algo mais intenso que simples beijos e carícias ousadas. Precisava amar.
Foi então que eles se conheceram, no final da noite, ambos exaustos de se amarem, ficaram juntos, frente a frente, como se um passado presente de lembranças semelhantes habitava o pensamento de ambos. E quando tudo parecia tão longe, sendo apenas vagas lembranças, eles se abraçaram, e uniram mais uma vez seus corpos nus e suados de tanto prazer em um laço único e sincronizado, como se já estivessem acostumados um com outro, como se já pertencessem. E eles desfrutaram, de um amor escondido e intenso, durante quase toda vida. Muito mais que um simples desejo por aventura, eles estavam sempre enlaçados pelo amor de remotas e tristes histórias.
Ele pertencia a uma, que tão pouco o amava, e ela não pertencia a alguém e nunca pertencerá, pois sua vida é informal e seu amor não é passional, o que não pode servir para o que faz.
E ela, voltou ao mesmo espelho - que mesmo velho e descascado - ainda refletia sua imagem, um pouco mais enrugada que a de antes, mas seus olhos permaneciam, mesmo cheios de rugas, seus olhos permaneciam os mesmos.
Olhos tristes e sombrios de alguém que sempre espera mais daquilo que se tem. Daquilo que não se consegue ser.
Ele pertencia a uma, que tão pouco o amava, e ela não pertencia a alguém e nunca pertencerá, pois sua vida é informal e seu amor não é passional, o que não pode servir para o que faz.
E ela, voltou ao mesmo espelho - que mesmo velho e descascado - ainda refletia sua imagem, um pouco mais enrugada que a de antes, mas seus olhos permaneciam, mesmo cheios de rugas, seus olhos permaneciam os mesmos.
Olhos tristes e sombrios de alguém que sempre espera mais daquilo que se tem. Daquilo que não se consegue ser.
Obs.: (Erros de digitação são constantes.)