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- O que escrevo? Não sei. Só sei que minha alma grita e eu já não posso mais abafar nem conter essa ânsia.

domingo, outubro 21, 2007

Palavras (21/10/2007)

 
Não acredito ser uma poeta,
tampouco uma escritora.
Arrisco-me a pensar que sou capaz de escrever
o que me vem em mente, o que me faz transpirar,
ficar sem fôlego...

O que muitas vezes fica entalada na garganta
e por falta de coragem, as palavras se enrolam
na saliva que teima em fazer falta.
Garganta seca. Um nó.

Palavras essas que são expressas por letras.
Digo: um aglomerado de letras
que em tamanha desordem
tornam-se palavras.Frases.Textos.

Não faço rima. Não acompanho tendências.
Formo frases.
De sentidos para mim.
Possivelmente de sentidos para ti.
Algumas vagas... Outras nas entrelinhas.
 
Mas todas têm um único significado:
tocar-lhes no fundo do teu íntimo
fazendo com que um pouco de mim
faça parte de um pouco de ti.



[Fabíola,15 de Outubro de 2007]