♣ Não acredito ser uma poeta,
tampouco uma escritora.
Arrisco-me a pensar que sou capaz de escrever
tampouco uma escritora.
Arrisco-me a pensar que sou capaz de escrever
o que me vem em mente, o que me faz transpirar,
ficar sem fôlego...
ficar sem fôlego...
O que muitas vezes fica entalada na garganta
e por falta de coragem, as palavras se enrolam
na saliva que teima em fazer falta.
Garganta seca. Um nó.
Palavras essas que são expressas por letras.
Digo: um aglomerado de letras
que em tamanha desordem
tornam-se palavras.Frases.Textos.
Não faço rima. Não acompanho tendências.
Formo frases.
De sentidos para mim.
Possivelmente de sentidos para ti.
Algumas vagas... Outras nas entrelinhas.
Mas todas têm um único significado:
tocar-lhes no fundo do teu íntimo
fazendo com que um pouco de mim
faça parte de um pouco de ti.
[Fabíola,15 de Outubro de 2007]